terça-feira, 11 de outubro de 2011

Não me ame.

Não me ame, quando antes do amor por mim, não houver em seu peito o amor por você.

Não me ame, se meus toques de carinho não fizerem seu corpo tremer.

Não me ame, se meu beijo for como o de tantos outros, sem gosto especial.

Não me ame, se meu abraço em vez de romântico, parecer-te apenas fraternal.

Não me ame se a chuva pingada na janela não te trouxer um pensamento feliz; Se o cheiro das minhas roupas em seu quarto esquecidas não te abala o peito saudoso, só te incomoda o inútil nariz.

Não me ame por pena, nem me ame por obrigação.

Ainda sinto a tua ausência, mas prefiro o vazio consciente, que o incômodo vácuo da solidão.

Não me ame por conveniência, muito menos por vingança.

Mantenha tua alma inocente, não te condenes ao grilhão pesado da rotina, se não podes depois pagar a fiança.

Não cabe a mim enterrar em meu peito os teus sentimentos, não nasci para coveiro.

Você não precisa despedaçar meu coração, já que ele nunca esteve inteiro.

sábado, 3 de setembro de 2011

Oração de amor.

Meu Deus, meu Pai, abençoe-me nesse momento.

Abri os Teus ouvidos para minha humilde oração.

Nada peço para mim Senhor, pois sou grato por tudo que já me destes. O que peço hoje é para um outro alguém. Peço em nome de Teu filho Jesus Cristo que ouça minha súplica e leve conforto àquele que tanto amo.

Que seu bondoso coração não conheça mais a dor. Que seu sofrimento seja aplacado, pois seu fardo há muito se tornou pesado demais. Quebranta o coração dele, ó Senhor dos exércitos!

Alivie sua alma atormentada para que ele jamais chore outra vez.

Não permita que seus tímidos olhos derramem mais pranto algum.

Deus, ele é apenas um garoto. Um sonhador, um homem-menino que ainda nem conhece a vida.

Não deixe que seja justamente o lado doloroso o primeiro em que ele se aventura.

Se possível, traga para mim toda a dor de meu amado! Já sou homem feito, já cai tantas vezes nas pedras colocadas em meu caminho pela vida, que uma dor a mais ou a menos apenas me trará mais uma cicatriz.

Meu coração por muitos já foi pisado, quebrado e humilhado, ele sabe o que é a dor do abandono, do desprezo e da indiferença. Traga então para mim o que tiver de ser sofrimento dele.

Eu o amo! Eu o amo com a urgência incendiária das paixões! O amo com a paciência dos amores impossíveis! Eu o desejo como o viajante sedento necessita da água quando nas areias escaldantes do deserto.

Mesmo não sendo amado, te peço Senhor que aplaque as dores dele. Mesmo não tendo em troca o amor que lhe dedico, eu não posso vê-lo sofrer.

Me dói demais...

Dormirei agora meu Deus, certo que minha oração foi ouvida e atendida. Peço apenas que me deixe sonhar com ele, pelo menos assim poderei ser um pouco feliz.

Obrigado Pai, dê-me um bom sono.

Sua benção.

Amém.

sexta-feira, 27 de maio de 2011

Platônico

Eu não lembro bem quando foi que aconteceu. Acho que nasceu de uma brincadeira, comentários feitos entre amigos bêbados em uma noite de lua e boêmia.

Acho que eu disse que ele era bonito e todos concordaram. Não sei se comentei mais algo, mas nesse dia ele entrou em meu coração sem pedir licença. Trouxe suas malas e fixou morada dentro de mim, ocupando um espaço a tanto tempo vazio; um lugar que jazia seco e sem dono certo. A morada árida de meu coração tão ferido, onde as folhas secas dançam solitárias embaladas pela canção triste do tempo.

Ele chegou com sua cor de fogo, sol abrasador que queimou a dor, a mágoa dos amores passados que tanto me fizeram mal. Ele me fez sentir único, um único homem apaixonado que desde então, viu cores onde tudo se tornara preto e branco.

Sua presença inocente me traz segurança, seu jeito de menino-homem me arranca risos bobos que só os apaixonados conhecem. Quando olho seus olhar castanho-claro, que a luz fraca das noites em que o vejo é quase verde imagino-me frente ao mar calmo do entardecer. É como se eu estivesse sentado na areia branca, olhando as águas mansas onduladas pela brisa fria da noite que se aproxima. Espero que ele venha e ponha as mãos em meus ombros, que me faça uma massagem nas costas cansadas e diga ao meu ouvido que o tempo de abandono acabou e que ele veio a mim para trazer a alegria do amor que aguardo tão fielmente.

Mas isso não acontecerá. Ele não sabe que mora em meu peito, nem conhece a praia em que eu tão esperançoso o aguardo.

Ele não sabe que meu coração queima de paixão ao ver sua face e sequer imagina que minha boca anseia pela sua.

Eu me apaixonei, ele não.

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Trecho do meu livro "Eu te amo, passarinho".

Devagar, passos cautelosos, ele se aproximou. Havia algo tomando conta de mim, invadindo meu corpo por dentro e me causando uma sensação de prazer quase pervertida. Eu já me encontrava tão excitado que minha calça apertava, quase chegando a me machucar. Quando senti seu corpo a poucos centímetros do meu, olhei por cima de meus ombros e entrei em uma porta que levava a uma pequena dispensa pouco iluminada. Sem nada dizer ele me acompanhou e após entrar, fechou a porta, nos deixando em total escuridão. Eu me conservava quieto, sentia apenas sua respiração bem perto do meu rosto e minhas pernas tremendo. Seus dedos tocaram de leve minha face, quase imperceptíveis. Estavam gelados. Fechei meus olhos e pouco a pouco seu toque se tornou mais pesado, culminando com sua mão agarrando minha nuca e me trazendo de encontro a ele. Nossos lábios encontraram-se, mas não houve beijo. Ele apenas roçava seus lábios nos meus e acariciava meu nariz com a ponta do seu, me dando “beijinho de esquimó”. Minha respiração estava apressada e meu corpo ansiava pelo dele como se disso eu precisasse para continuar vivo. No escuro, mesmo com meus olhos cada vez mais se acostumando à escuridão, eu pouco podia distinguir. Sem poder resistir mais, levantei minhas mãos e acariciei primeiro seu rosto e depois seu peito, quando então ele me tomou para si e beijou minha boca com delicada fúria, saciando em nós a sede de mais de dez meses que nossos corpos sentiam um do outro. Cedendo ao poder da emoção que tomava conta de mim, eu chorei.

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

O Outro.

_"Meu Deus, dessa vez foi quase!"
Deitado ao lado de sua esposa, Eugênio sentia pouco a pouco o corpo gelar em virtude do alívio que experimentava após tão perigosa aventura. Apesar de estarem tornando-se cada vez mais comuns suas escapadas, sempre lhe sobrava um sentimento de pânico. Apenas a satisfação sexual o levava a querer mais e mais.
Ajudado inconscientemente pela esposa, agora já dependendente dos remédios para dormir, ele agora podia relaxar e esperar o sono chegar. Julgava-se cada vez mais experiente na arte do adultério.
_"Isso é loucura! Se qualquer dia a merda desses remédios não fizer o mesmo efeito e ela acordar, posso ser pego em flagrante! Mas, como resistir a ele? Como não sentir todos os dias sua boca quente e seu corpo tão sedutor? E também, a culpa é dela... Se pelo menos cumprisse com seu papel de esposa, eu não precisaria me aliviar no seu irmão."
Perdido em seus próprios pensamentos, sentiu o sono aproximar-se. Agora dormiria satisfeito após o perigoso encontro sexual com seu cunhado.
No quarto abaixo do de Eugênio, descendo a escada que conduz ao primeiro andar, Romeu banhava-se para depois ir a cama. Devaneando frente ao espelho, penteava os cabelos loiros, ainda sentindo no corpo o cheiro de seu amado que nem mesmo a água arrancara dele.
_Acho que finalmente ele descobriu que gosta de mim! Se amanhã vier fazer amor comigo de novo, eu o beijarei.
Ao deitar-se, relembrou com minúcia de detalhes todo o interlúdio amoroso. Nada escapava-lhe da memória: O toque bruto e firme que com o passar do primeiro ano veio a tornar-se mais carinhoso e gentil, os movimentos do sexo que de violentos passaram a delicados e lentos, o que antes não passava de arfar em seus ouvidos, transformara-se em lambidelas e beijinhos no pescoço e, o que antes era quase que total silêncio, virara declarações de afirmação da sensualidade de seu corpo.
"_Ele disse que a cada dia eu me tornava mais gostoso, que meu bumbum e minhas pernas estavam a cada dia mais arredondados. Hoje ele foi tão carinhoso que quase não senti dor. Tenho certeza que estou conquistando seu coração.
Adormecendo em sorrisos, esperou ansiosamente que amanhecesse para poder vislumbrar o rosto de seu amado.
Como em todas as outras manhãs que sucediam os encontros noturnos, na mesa ambos portavam-se como se nada houvesse de mais íntimo entre eles. Não que temessem o fato de Romeika descobrir algo, já esta encontrava-se quase que completamente alheia ao mundo depois da perda da única filha ainda em seu ventre, mas pelo simples fato de Eugênio manter-se sempre distante quando na presença da esposa. Era como se os dois apenas pudessem entregar-se a luxúria do real envolvimento existente quando não houvessem testemunhas.
Para Eugênio, qualquer mínima suspeita vinda de Romeika seria motivo para que ele próprio cuidasse para que o jovem Romeu encontrasse outro lugar para morar, jogando assim a sujeira para baixo do tapete. Já para o apaixonado Romeu, chegaria o dia em que disputaria de igual para igual o amor de Eugênio com Romeika, e com toda certeza em sua concepção, ele venceria.
_Eugênio querido, leve Romeu até a escola tá?
Dentro do carro, Romeu pensava em como passar o dia longe de seu amado e, já ansioso, tecia sonhos para a noite que teriam aquele dia.
_Acho que se ficarmos nessa parte do estacionamento não poderão nos ver. Ainda está muito cedo e poucos chegaram.
"Ela não passa de uma sonsa! Como pode não querer um homem como ele? Em que mundo minha irmã vive?" Pensava Romeu enquanto Eugênio manobrava o carro até a vaga mais distante e escondida do estacionamento da escola, embaixo de uma grande árvore.
_Vamos Romeu, chupa que, com o tesão que tô aqui, eu gozo rapidinho.
Já desabotoando a calça, nem mesmo olhava para o cunhado. Eugênio adorava situações como esta. Transar dentro do carro fazia disparar sua adrenalina e o tesão em si era tanto que não demorava a ter prazer.
_Vai vir me ver hoje?
Olhos brilhantes, Romeu já masturbava Eugênio.
_Vamos Romeu! Sabe que temos pouco tempo... Não podem nos ver aqui.
_Apenas responda, quero você hoje.
_Tudo bem, tudo bem! Sabe que irei! Agora começa logo com isso!
Menos de dez minutos depois, Eugênio ultrapassava os portões da escola.
Caminhando para a sala de aula com um sorriso satisfeito no rosto, Romeu ensaiava as falas da noite:
_Direi que o amo e ele vai me olhar nos olhos segurando em meu queixo. Logo dirá que também me quer e junto pensaremos numa forma de viver nosso amor. Depois de nosso primeiro beijo, serei seu para sempre.
O dia demorou a passar para o jovem Romeu, mas foi exaustivo e maçante para Eugênio.
Banho tomado, Eugênio esperava ansioso para que Romeika mergulhasse em sono profundo, porém esse momento não chegava. Vestida em sensual camisola, a esposa saiu sorridente do banheiro.
_O que houve meu amor? Não encontrou seus comprimidos?
_Não os tomei hoje Eugênio, não quero dormir.
_Querida, sabe que tem pesadelos a noite.
_Não se preocupe, hoje quero apenas ser sua. Abdiquei por tempo demais de minha vida e sei que está triste e insatisfeito comigo... A partir dessa noite voltarei a ser a Romeika de antes, eu prometo.
Envolto nos braços e pernas de sua esposa, Eugênio sentiu reacender o fogo da paixão. Romeika parecia tomada de um desejo latente há muito guardado. Em um jogo de toques e gemidos, mal conseguia comparar aquela que com maestria conduzia o sexo à outra que passava o dia todo olhando o vazio, entorpecida por remédios.
Estranhando a demora de seu amado e munido de coragem ímpar, Romeu subiu a escada e foi até a porta do quarto de Eugênio. A poucos metros, já se faziam ouvir os sons do deleite sexual do casual.
_Isso Eugênio... Me dá tudo que perdi por tanto tempo... Me faz sua outra vez...
_Ah, Romeika! Como te amo! Não há ninguém em todo o mundo que eu ame e deseje mais! Quero você para sempre meu amor... Para sempre!
Era como se uma faca afiada perfurasse sua barriga dezenas de vezes. As lágrimas vieram convulsiva e instantâneamente. A dor do abandono abateu Romeu de tal forma que suas pernas bambearam e ele quase caiu no corredor. Tentando recompôr-se, respirou fundo e caminhou até seu quarto.
Derrotado, a escada parecia um obstáculo grande demais a ser vencido.
Chegando finalmente ao quarto que agora serviria-lhe de exílio, fechou a porta, silenciando como que para sempre os ecos silenciosos do amor um dia ali vivido.
Mesmo como a manhã chuvosa, Romeika acordara sentindo-se disposta e pronta para recomeçar a vida. Ter tomado a atitude de abandonar os remédios não só trariam de volta o amor de Eugênio como fariam com que ela pudesse aproveitar mais ainda a companhia do irmão mais novo, que agora seria quisto como um filho.
Não querendo perder minuto algum de sua nova vida, correu ao quarto do irmão para contar-lhe a boa nova. Saberia que sua nova aparência por si só seria uma enorme surpresa.
Foi com um grito de horror não contido pelas mãos em sua boca que Romeika fez com que Eugênio descesse quase que correndo a escada, parando frente a porta do quarto de Romeu, tentando em vão levantar a esposa em choque do chão.
Pendurado pelo pescoço por um cinto, o corpo do cunhado e amante jazia inerte, envolto na cinzenta e fria mortalha da solidão.


quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

O menino e o rádio.

Sua ansiedade era notável. Faltava pouco para terminar sua lição, mas o fato de precisar caprichar na caligrafia só fazia com que perdesse mais tempo.
Na velha cadeira de balanço, sua mãe mantinha um olho no tricô e outro nele. Sua vigilãncia era tão intrusiva que por vezes ele imaginara se ela desconfiava de algo.
Costurando pela décima vez o solado dos velhos sapatos, seu pai vez por outra deixava escapar um ou dois palavrões, no que era imediatamente repreendido pela esposa.
_Não fale assim na frente do garoto! Quer que ele cresça com expressões de animal?
Finalmente! Terminada a lição, mal podia esconder o suor em suas mãos.
_Mamãe, já terminei. Posso ir deitar-me?
_Traga aqui, quero conferir.
Minuciosamente, sua mãe corria os olhos pela folha do caderno.
Tinha certeza que estava perfeita. Esforaçara-se bastante para sempre ser o melhor aluno de sua classe, chegando inclusive a sacrificar as tardes de brincadeiras com os amigos na rua para enterrar-se nos livros. Colher os frutos do esforço além de gratificante, havia tornado-se uma obrigação. Mantendo-se como aluno e filho exemplar, seus pais não o ameaçariam de tirar-lhe seu bem mais precioso: Um velho rádio de segunda mão comprado como presente da aprovação escolar no ano passado e que sintonizava apenas duas estações.
_Muito bom, vejo que melhora a cada dia. Vá se banhar e depois pode dormir. Não esqueça suas orações viu?
_Obrigado mamãe. Sua benção. Sua benção papai.
No banho, podia sentir o quanto seu corpo estava quente. Suas pernas tremiam de ansiedade e nervosismo. Todas as noites o ritual era o mesmo: banhava-se, perfumava-se, ajeitava bem os cabelos, vestia seu pijama e corria para a cama, não sem antes sintonizar seu programa perferido: A noite dos namorados.
Sua mãe sempre deixava que ele ouvisse um pouco de música antes de dormir.
Deitado de bruços, ele olhava fixamente para o rádio. A primeira música, a abertura do programa, havia terminado. Foi com um brilho nos olhos e o coração acelerado que ele ouviu a voz pela qual esperara todo o dia. O locutor do programa iniciara mais uma noite de belas poesias e músicas de amor.
_ "A noite cai misteriosa
E teus olhar brilhante é tudo que vejo;
Sentindo em teus cabelos o aroma da rosa
Me inebrio na paixão e no sabor de teu beijo."
_Uma boa noite para você que sonha acordada com o homem amado...
Imaginando que aquela voz sussurrava em seus ouvidos, ele adormeceu. Em seus sonhos via-se como formosa donzela, sentada em um banco da praça com os cabelos brilhantes refletindo o luar. A chegada de seu amado causara um pequeno susto e, quando este pegava sua mão, tímida olhava para o outro lado. Logo ele tocaria suavemente seu queixo voltando seu rosto para que seus olhos se encontrassem e a beijaria delicadamente nos lábios.
O rádio agora chiava, o programa terminara e a programação da emissora encerrava-se.
Sua mãe entrava vagarosamente no quarto, desligara o aparelho e puxara melhor a coberta para cobrir-lhe todo o corpo.
Com um sorriso feliz em seus lábios, ele abraçara mais o cobertor achando ser os braços do homem da rádio, o homem amado.
Os braços de seu primeiro amor.

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Homofobia silenciosa.

Dei-me conta de algo hoje e não poderia deixar de registar isso. Acho importante que fique arquivado aqui.
Há alguns dias que percebi o distanciamento de um amigo, que inclusive excluiu-me de seu orkut e não me respondia no msn, além de ter bloqueado seus recados após eu ter enviado uma indagação do porquê da exclusão, a qual obviamente não tive resposta.
Lembrei-me então de um fato comum na vida gay, mas que por parecer inofensivo e ser feito "na surdina", por muitas vezes passa despercebido. Denominei-o então de "homofobia silenciosa".
Quem nunca teve um caso desse em sua vida? Quem nunca percebeu o distanciamento mudo de um amigo ou de um familiar após saberem da sua condição sexual?
Aqueles que se distanciam agem de forma tão sorrateira que mal nos damos conta. Quando eu era mais jovem, eles simplesmente sumiam, cessavam o contato comigo. Agora, em tempos internéticos, fui excluído do orkut e me restou o silêncio branco de uma página sem diálogo no msn.
O que me incomodou não foi nem tanto o fato de ele ter me excluído de seu mundo, nós nem éramos assim tão amigos.
O incômodo maior foi ele ter tomado as dores de um fulano seu amigo, o qual eu espiei o perfil algumas vezes. Qual o medo deles? Que mal eu poderia causar?
Por que tanto incômodo por parte do dono do perfil, se eu apenas olhei?
Sei que meu espaço termina onde começa o do outro, mas em momento algum julguei-me desreipeitoso, visto que olhar não é pecado, muito menos proibido.
Infelizmente esse tipo de homofobia pouco ou nada pode ser feito contra, porque simplesmente não podemos exigir que alguém nos queira bem.
Depois de tudo eu apenas me pergunto: Errei eu, ou teria errado você?